sexta-feira, 2 de agosto de 2013

"Eu sou o que tu quiseres. Queres?
Quando quiseres, não queres? Quando me encontraste, já não sabias o que procuravas? Só de longe o soubeste, e agora esqueceste? Não fomos feitos para o amor, acrescentas agora? O que não quer dizer que não possamos amar-mos sempre outra vez, e pode ser mesmo a única coisa digna que nos resta?
Não foi para isso que fomos feitos, então?
E ainda me pedes que não tenha medo e deixe de esperar o impossível? Que o barco pelo qual espero para me levar daqui para fora não vai chegar nunca? Que o barco por que espero é o barco em que vou? Quando partiu esse barco, gostava eu de saber? Há muito? Antes de mim? Mesmo sem mim?
E vai naufragar, de qualquer modo vai naufragar"

Pedro Paixão

2 comentários:

  1. Pedro Paixão e seus textos sempre me comoveu e envolveu. Sou sempre levada para outro "mundo" que parece ser quase só meu :)
    Bjs*

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  2. Também os textos dele e a escrita simplista.

    Beijo*

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